FILMES CLSSICOS NAS TELONAS: 6 FILME

O Cinemark exibir mais filmes clssicos, leia a opinio de Rubens Ewald Filho sobre eles. Em Cartaz: Quanto Mais Quente Melhor

18/08/2014 11:27 Por Rubens Ewald Filho
FILMES CLÁSSICOS NAS TELONAS: 6º FILME

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O Cinemark trará uma segunda temporada de filmes clássicos nas telonas dos cinemas. Depois do sucesso da temporada anterior, os filmes escolhidos foram:

O PODEROSO CHEFÃO - Exibição dias 19, 20 e 23 de julho

FORREST GUMP – O CONTADOR DE HISTÓRIAS – Dias 26,27 e 30 de julho

IMPÉRIO DO SOL – Dias 2, 3 e 6 de agosto

A HISTÓRIA SEM FIM – Dias 9, 10 e 13 de agosto

QUANTO MAIS QUENTE MELHOR – Dias 16, 17 e 20 de agosto

LAWRENCE DA ÁRÁBIA – Dias 23, 24 e 27 de agosto

 

Para ver quais as salas e horários, visite o site do CINEMARK.

 

 

A cada semana traremos a resenha crítica completa de cada filme a ser exibido. No sexto e último filme desta série temos:

 

 

Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia)

Inglaterra, 1962. 227 min. Direção: David Lean. Produção: Sam Spiegel. Roteiro: Robert Bolt a partir de “The Seven Pilars of Wisdom”. Fotografia: Freddie Young. Música: Maurice Jarre. Elenco: Peter O’Toole, Alec Guinness, Anthony Quinn, Jack Hawkins, Omar Sharif, Anthony Quayle, Donald Wolfit, Claude Rains, José Ferrer, Michel Ray, Zia Mohyeddin, Arthur Kennedy, Donald Wolfit.

 

Sinopse: Nos anos trinta, um homem sofre um acidente de moto. Depois se conta a vida do lendário autor de Os Sete

 

 

Crítica: Está entre os filmes mais bonitos, mais bem fotografados, mais perfeitos de todos os tempos. Na verdade reserve também um lugar nesta lista para outras obras de Sir David Lean (1908-91). Indiscutivelmente um mestre do grande espetáculo, modelo para qualquer cineasta e realizador. Se no final da carreira ficou lento demais, demorando uma eternidade para completar os filmes, por excesso de zelo e busca de perfeição, houve poucos cineastas capazes de contar uma história tão bem, com tanta perfeição. Provavelmente porque teve uma formação como montador de filmes. Sabia tudo sobre como fazer um filme (por isso, com frequência no começo da carreira estava nas filmagens dizendo que “planos eram necessários fazer para certas sequências funcionarem”. Dessa forma foi praticamente o diretor de Major Barbara, de Gabriel Pascal. Também bom amigo, ajudou George Stevens dirigindo a sequência com Claude Rains para o filme A Maior História de Todos os Tempos, para o projeto conseguir ser concluído a tempo. Entre os filmes inesquecíveis estão Quando o Coração Floresce, com Katharie Hepburn, 1955 (Veneza nunca esteve tão bela), A Ponte do Rio Kwai, 1957 (um dos melhores filmes a mostrar a futilidade da Guerra), Desencanto, 1945 (uma das melhores e mais pudicas histórias de amor do cinema), Doutor Jivago, 1965 e suas adaptações exemplares da obra de Charles Dickens (Oliver Twist, Grandes Esperanças) e também do amigo e padrinho Noel Coward (com quem começou dirigindo Nosso Barco, Nossa Alma, 42). Sem dúvida, um mestre.

No caso de Lawrence, até hoje é o exemplo perfeito de como se fotografar um filme no deserto (esses exteriores foram rodados no Marrocos, na região de Quarzazate, onde desde então se filmam a maior parte de produções passadas no Deserto. Eu estive por duas vezes por lá, numa cidade que fica justamente na fronteira com o Deserto). Ninguém conseguiu fazer melhor, nem acredito que tentará. Este é um filme definitivo também como biografia, que mostra muito e explica muito pouco (por isso que coloquei a biografia de Lawrence abaixo). Falando de um personagem controvertido e ambíguo, que teve um papel político confuso (em particular para o público atual), é um verdadeiro milagre que a fita sustente o interesse e por vezes até empolgue. É sempre graças ao trabalho do diretor, que fotografa as dunas de maneira irretocável, na inesquecível tomada do trem turco, mas  que também  se dá ao luxo de utilizar o calor da areia formando o que primeiro parece uma miragem e que aos poucos vai tomando forma, no (que é a primeira aparição de Omar Sharif no filme). Grandioso sem ser grandiloquente, épico sem cair em exageros, histórico sem se tornar didático, Lawrence da Arábia é uma obra-prima no gênero, de tal forma que fica difícil pensar num deserto sem a fotografia de Freddie Young e a música de Maurice Jarre. Tudo, porém, confirma os elogios para a fotografia que é “de tirar o fôlego”.   

 

Lawrence teve uma continuação feita para a TV que saiu aqui em DVD: Lawrence da Arábia II - Missão de Risco (A Dangerous Man: Lawrence After Arabia, 1990). Foi dirigido por Christopher Menaul e estrelado pelo hoje ainda mais famoso Ralph Fiennes. Mostra como em 1919, Lawrence e o emir Faissal, rei da Síria numa conferencia de paz em Paris, se dedicando a defender os árabes contra as pretensões ocidentais. O telefilme aproveita a semelhança de Fiennes com o jovem O´Toole. Ele era estreante e três anos depois faria a Lista de Schindler para Spielberg.  Produzido por David Puttnam,  já começa bem com o herói falando para a câmera sobre sonhos que realizou. Bastante complexo para uma telebiografia, tentando apresentar todas as contradições da enigmática figura (que seria mais assexual que homossexual), faz um resumo de sua figura prosseguindo como uma palestra sobre ele feita na época. Um pedaço de História realizado de maneira impecável como  só os ingleses conseguem. Também conhecido como Um Homem Perigoso.

 

O falecido Peter O´Tolle (1932-1013) contava sobre o projeto, que na época Lean era  casado com uma indiana e que na verdade foi o guru dela que o viu num filme B  e disse que ele era a pessoa ideal. Lean concordou, mas tiveram problema porque o produtor Spiegel odiava Peter (este tinha aprontado quando foi considerado para substituir Monty Clift em De Repente no Último Verão um ano antes). Mas acabou cedendo. Ele foi para o Oriente Médio com o rei da Jordânia aprender a andar de camelo e suportar o calor do deserto (foi o neto real do personagem feito por Quinn, quem o ensinou). Lhe deram o apelido de O Jovem Leão (Fahad). Peter também elogia todos os componentes do elenco, contando que seu próprio pai era o bookie, um jogador profissional, e isso o aproximou de Omar Sharif. Também era amigo pessoal de Quinn (elogia a maquiagem dele, que lhe colocou um nariz falso curvo)  e relembra o hoje esquecido Jack Hawkins com grande ator shakespereano (quando foi chamado para fazer o papel Peter estava em Strattford interpretando Shylock em O Mercador de Veneza e fazer Shakespeare era seu sonho). Mas afirma que sentiu-se como um escolhido por ter feito o filme (a legenda diz abençoado), que se deu extremamente bem com Lean que passou a confiar nele (deixando-o criar a cena em que se olha na faca para se ver na roupa branca de seda) e que esteve com ele no leito de morte, de mãos dadas. Foi Peter também que indicou para reescrever o roteiro seu amigo Robert Bolt que dali em diante seria o escritor preferido de Lean.

 

Bastidores: Houve um primeiro projeto em 1955 sobre Lawrence como diretor Anthony Asquith, que era para ser estrelado por Dirk Bogarde. Mas foi abortado por causa de um golpe de estado no Iraque. O produtor Sam Spiegel (de A Ponte do Rio Kwai) é quem decidiu levar a ideia adiante contratando primeiro o diretor David Lean e depois o roteirista Michael Wilson e em 1960 anunciou a fita que seria estrelada por Marlon Brando (mas este preferiu fazer O Grande Motim). Ao mesmo tempo houve uma peça teatral de sucesso sobre o personagem, escrita por Terence Rattigan, Ross, estrelada por Alec Guinness (que esta no filme, mas em outro personagem, o do Principe Faissal). Mas ainda assim foi um grande feito um produtor judeu como Spiegel fazer uma fita em território árabe.  Antes de sua morte, Sir David Lean (1908-91) ainda teve tempo de supervisionar a restauração deste seu filme, que foi relançado em sua versão completa (incluída uma cena polêmica onde o herói era estuprado pelo árabe José Ferrer, deixando mais clara os seus traumas posteriores). O filme restaurado em 1989 foi apresentado em premiere no Festival de Cannes (que começou mais cedo e passou o filme um dia antes da estreia oficial. Eu estava presente, mas não Lean –porque estava doente. Foram divulgar o filme  Anthony Quinn, Omar Sharif e  Peter OToole).  A fita deve ser vista em widescreen onde se pode completar melhor todo seu esplendor visual. Foi ela que lançou o então pouco conhecido irlandês O´Toole que depois faria historia no Oscar®, sendo indicado ao premio por 8 vezes sem ganhar nenhum. Finalmente a Academia lhe daria um Oscar® especial pela carreira em 2003. Recentemente ele anunciou que se aposentaria, mas continuou trabalhando até sua morte em 2013 (Lean o descobriu num papel menor em O Dia em que Roubaram o Banco da Inglaterra de 1960). Depois de terem sido considerados para o papel Marlon Brando,  Albert Finney (passou no teste mas recusou o contrato), Anthony Perkins e Guinness (que era velho demais para o papel). O antigo Ministro das Relações Exteriores da Inglaterra, Anthony Nutting, ajudou O´Toole a pesquisar o enigmático personagem e serviu de contato com os países árabes. Com seu cabelo pintado de ainda mais loiro (e ainda uma operação plástica para tornar mais reto seu nariz!), ele teve também de controlar suas lendárias bebedeiras para que Lean o aceitasse no papel. Mas foi difícil, durante as filmagens ele teve uma longa sucessão de queimaduras, ligamentos quebrados e outros problemas semelhantes. Além de ter sido mordido e derrubado por camelos diversas vezes. Na cena do acidente de moto, a última filmada, quase que o ator realmente morreu quando o veículo se desmontou inteiro. Dizem que ao final das filmagens ele se retirou para um hospital para descansar. O filme transformou em astro um ator egípcio, que era astro em sua terra natal, Omar Sharif (que mais tarde faria com o mesmo diretor, o papel título de Doutor Jivago). Todas as cidades (Damasco, Cairo, Jerusalém ) foram recriadas na Espanha e para interpretar mulheres muçulmanas algumas foram realmente importadas do Egito. O filme ganhou sete Oscar®, inclusive melhor filme, diretor, direção de arte a cores. Fotografia a cores, montagem, trilha musical (o primeiro para Maurice Jarre), som mas não ator (O´Toole perdeu para Gregory Peck, o coadjuvante Sharif perdeu para Ed Begley. Foi ainda indicado como roteiro, sendo que um dos creditados Michael Wilson estava na lista negra do McCarthismo e só foi reconhecido em 1995). A fita custou na época a fortuna de 15 milhões de dólares.

 

Curiosidades: O papel de Sherif Ali foi pensado antes para o ator alemão, Horst Buchholz mas ele tinha que fazer o filme de Billy Wilder, Cupido Não Tem Bandeira. Alain Delon passou no teste, mas teve problemas com as lentes de contato castanhas. Maurice Ronet foi escalado, mas teve problemas com a roupa árabe (Lean queixou-se dizendo que era parecia travestido).

A versão completa era de 227 minutos  e não há mulheres com falas (dizem que é o filme mais longa sem mulheres falando!). T.E. Lawrence recusou vender os direitos de seu livro já em 1926, quando o diretor Rex Ingram sugeriu a ideia. Vieram depois propostas do produtor Alexander Korda com Leslie Howard, dirigido por Lewis Milestone. Outros astros também quiseram o papel: Robert Donat, Laurence Olivier, Cary Grant, Burgess Meredith e Alan Ladd. Mas foi o roteirista Michael Wilson que finalmente convenceu o irmão de Lawrence a vender os direitos vendendo o roteiro depois para Sam Spiegel em 1960. Para a famosa cena da chegada de Sharif, o fotógrafo Freddie Young usou uma lente especial de 482mm da Panavision. Ela ainda existe e é chamada de "David Lean lens". Foi criada especialmente para esta cena e não teria sido usada nunca mais. Na restauração do filme, foram redescobrir o ator americano Arthur Kennedy (1914-90), que estava aposentado e dali em diante voltou a fazer cinema (quem ia fazer o papel antes era Edmund O´Brien, mas este ficou doente, teve enfarto durante as filmagens. O papel é inspirado em Lowell Thomas). Mas Charles Gray teve que redublar o ator Jack Hawkins que perdera a voz por causa de câncer na garganta. Dizem que Lean assistiu várias vezes Rastros de Ódio de John Ford para se inspirar. 

Em 2007 o American Film Institute colocou o filme em sétimo lugar dentre os Maiores filmes de todos os tempos, primeiro como Épico. É considerado o filme favorito em todos os tempos de Steven Spielberg.

Originalmente a trilha musical foi oferecida por os compositores Malcolm Arnold e William Walton que a recusaram. Maurice Jarre (1924- 2009) foi contratado, mas teria ajuda de Aram Khachaturyan para temas árabes e Benjamin Britten para músicas do Império Britanico. Nenhum deles deu certo e Spiegel chegou a contratar o célebre compositor Richard Rodgers (mas ficaram todos desapontados com o resultado). E Jarre acabou ficando com todo o filme que ele musicou em apenas 6 semanas.

O filme não foi indicado ao Oscar® de figurino porque alguém esqueceu que colocar o nome dela, Phyllis Dalton, na ficha de inscrição!

O filme foi banido em vários países árabes, mas Omar Sharif conseguiu que o presidente do Egito, seu país natal,  Gamal Abdel Nasser visse o filme. Nasser gostou e o liberou onde se tornou um enorme sucesso. O famoso corte de um fósforo para o por do sol no deserto foi ideia da montadora que achou que seria no estilo da moda de então, a Nouvelle Vague. As cenas noturnas foram rodadas durante o dia usando as lentes chamadas de Noite Americana/ Day for Night, de que falava Truffaut.

 

 

Biografia (fonte: Wikipedia): Thomas Edward Lawrence (16 de agosto de 1888-19 de maio de 1935). Conhecido pelos árabes como Aurens ou El Aurens, foi arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor. Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-18. Foi muito promovido pelo jornalista americano Lowell Thomas e o livro autobiográfico, Os Sete Pilares da Sabedoria. Nasceu em Tremadog, Gales. Segundo filho de Sir Thomas Chapman, barão de Westmeath e de Sarah Junner, antiga governanta. O casal vivia junto sem casamento porque Sir Thomas abandonara na Irlanda a sua mulher legítima e suas quatro filhas, adotando o sobrenome Lawrence. O casal estabeleceu-se em Oxford, onde os filhos foram  educados pela Igreja Anglicana.

O jovem Thomas gostava de andar a pé e bicicleta e em 1911, foi assistente nas escavações arqueológicas promovidas pelo Museu Britânico no rio Eufrates, e se tornou agente secreto do governo britânico, recolhendo informações sobre a construção dos caminhos otomanos. Foi convocado para as Forças Armadas e como tenente inicia, em 1914, sua carreira militar no Oriente Médio. A identificação de Lawrence com a causa árabe faz com que seja usado pelos britânicos para vencer o Império Turco Otomano aliado da Alemanha na Guerra. Aproxima-se de Faissal, um dos líderes da revolta e filho do xerife de Meca. Seus conhecimentos sobre a geografia local e o exército turco, fazem de Lawrence o conselheiro logístico do movimento, comandante de um exército de dez mil homens. Grande articulador, ele consegue reverter a ocupação do território árabe, impedindo a retaliação turca, através de ações de guerrilha, como explosões de trens e estradas de ferro e aniquilação de reservas materiais, que culminam com a tomada e Damasco em outubro de 1918. Thomas teria sido aprisionado pelos turcos e violentado, causa de autodegradação, a aversão a intimidade física e sexualidade, e atração pelo distúrbio flagelativo (se fazia açoitar por colegas).

Entre 1919-1922, Lawrence escreveu a sua obra-prima Os Sete Pilares as suas memórias da Revolta Árabe, e que seria publicada em 1926. No final de 1922,  não querendo ser famoso  e infeliz com o resultado da guerra no Oriente Próximo preferiu alistar-se na Força Aérea Britânica como simples soldado, usando o nome de John Hume Ross. Descoberto, a RAF viu-se forçada a dispensá-lo em 1923. Tentaria depois mudar novamente de nome para Thomas Edward Shaw, se alistando no Corpo de Tanques. Não deu certo novamente e ameaçou se suicidar para conseguir retornar à RAF. Mas recusou promoção acima de cabo. Quando passou a reserva, Lawrence planejava levar uma vida tranquila e solitária em Clouds Hill,  mas em 13 de maio de 1935, foi de  moto até aos correios de Bovington, para enviar uma encomenda de livros a um amigo e um telegrama. No regresso, ao desviar-se para evitar o embate com dois jovens ciclistas foi projetado da moto, fraturando gravemente o crânio. Permaneceu em coma durante seis dias, morrendo aos 46 anos e 9 meses de idade, sem nunca ter recuperado a consciência (se tivesse sobrevivido teria ficado em estado vegetativo). Foi enterrado na Igreja de São Nicolau, em Moreton, Dorset. O neurologista que atendeu Lawrence, Hugh Cairns, realizou um estudo sobre a adoção de capacete pAra os motoqueiros concluindo que a prática poderia diminuir de mortes. Isso contribuiu muito para a adoção de capacetes em todo o mundo.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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