RESENHA CRTICA: O Amor Estranho (Love is Strange)

Um filme morno, que no d nem chance de grandes momentos aos atores

10/03/2015 15:08 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: O Amor é Estranho (Love is Strange)

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O Amor é Estranho (Love is Strange)

EUA, 14. Direção de Ira Sachs Roteiro de Sachs e Mauricio Zacharias. Com John Lightow, Alfred Molina, Marisa Tomei, Charlie Tahan, Cheyenne Jackson, John Cullum, Harriet Harris, Olya Zueva.

Para nós brasileiros a figura mais importante deste filme independente americano é a presença do brasileiro Mauricio Zacharias como co-roteirista. Ele tem uma carreira bem sucedida com êxitos como Madame Satã, O Céu de Suely, Rio Eu Te Amo, mas também Deixe a Luz Acesa (12), ao lado do irregular Trinta (14) e do ainda inédito Montgomery Clift. Este O Amor é Estranho foi indicado ao Independent Spirit  e o Satellite.

Aqui se conta uma história bem novaiorquina. São dois homens gays da terceira idade, que se casaram, mas justamente por causa disso faz com que um deles perca seu emprego como professor (antes era tolerado, mas não oficialmente!). Ambos são interpretados por dois grandes atores, John Lithgow (Ben) e o inglês Alfred Molina (George). Mas em Manhattan é muito difícil conseguir alojamento, apartamentos a preços razoáveis e enquanto procuram eles vão se hospedando de favor na casa de amigos, quase como parentes. A princípio vai tudo bem, mas a situação se desgasta gerando conflitos e principalmente mal entendidos com os filhos dos amigos, adolescentes. Pior que isso é que a saúde de Bem está se desgastando.

Nesse gênero de filme sobre gays eu particularmente prefiro Toda Forma de Amor, 10, que deu Oscar® para Christopher Plummer, que era mais divertido, ágil e professoral. Este aqui mais baixo astral parece querer ensinar algo ou simplesmente não quer mergulhar de cabeça nos problemas. Fica um filme morno, que não dá nem chance de grandes momentos aos atores. Mas deve interessar o público alvo.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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